JANAÚBA NA CONTRAMÃO Aumento da carga tributária: um freio para o crescimento


Ø Brasileiro trabalhou 153 dias em 2017 só para pagar impostos

Ø Em Janaúba o prefeito quer mais e mais

Ø Corrupção consumiu 29 dias de trabalho

Estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostra que, no Brasil, trabalhou-se cinco meses e três dias apenas para pagar tributos em 2017. O cálculo considera os impostos sobre a renda, o patrimônio e o consumo. Em média, há comprometimento de 40,98% da renda bruta do trabalhador para os fiscos federal, estadual e municipal. A "alforria" tributária dos contribuintes, segundo o IBPT, foi concedida, no ano passado, pelos governos, apenas em 3 de junho, o que significa dizer que, somente a partir dessa data a pessoa começou a trabalhar para si mesma, sem intervenções fiscais. Foram 153 dias de trabalho para os três fiscos - três a mais que em 2016, quase o dobro do período registrado na década de 1970. A demonstração da ânsia arrecadadora das três esferas de governo no Brasil continua voraz.

Em Janaúba, o fisco partiu para cima do contribuinte sem moderação, sendo registrados absurdos, como: o valor venal de imóvel ser precificado bem maior que o seu valor real, Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISSQN) que tinha alíquota de 2% passou para 4%, alvará chegou a ter aumento de 500%.

O contribuinte entende que não justifica o aumento de tributos, uma vez os valores recolhidos não retornam em serviços como segurança, saúde, rodovias sem pedágio e saneamento básico.

O aumento da eficiência na gestão e nos gastos públicos, clama o contribuinte, permitiria fazer muito mais com menos, melhorando os serviços com redução da carga tributária.Em síntese, pior do que pagar tributos elevados é não ter um bom retorno.

Além de trabalhar mais de cinco meses no ano só para pagar impostos, o brasileiro precisa dedicar a renda de outros quatro meses para suprir a lacuna deixada pelos maus serviços prestados pelos prefeitos, governos e presidente. Analisa aí, você tem limpeza pública de qualidade, ruas bem conservadas, iluminação de rua adequada, saúde medicamentos e exames na hora que precisa, educação de qualidade?

A elevação da carga tributária nos últimos anos, confere o IBPT, foi destinada em sua grande maioria para custear o aumento dos gastos correntes dos governos, incluindo benefícios sociais e salários de funcionários públicos. Aumenta-se a carga tributária para gastar mais. Enquanto isso, os serviços prestados à população continuam de péssima qualidade e o custo-Brasil só cresce. Essas questões deixam claro que o baixo ritmo de crescimento da economia não pode ser atribuído só à crise política. Parcela relevante se deve ao que especialistas chamam de processo de extração de eficiência do setor privado para financiar custeio público. E é isso que precisa ser estancado, claro, se houver intensão de recuperar a vitalidade econômica. Deve-se fazer valer a pena pagar impostos, mas menos impostos.

Corrupção consome 29 dias
A partir dos resultados do Projeto Lupa nas Compras Públicas, que monitora todas as compras realizadas pelos governos, o IBPT também estimou que a corrupção consumiu 29 dias de trabalho de cada um dos brasileiros em 2017. Cada brasileiro trabalhou 29 dias no ano passado só para pagar os rombos causados pela corrupção no País.

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