Janaúba está em marcha ré?

Caríssimo 2018!
Espero que esteja tudo bem aí com você!

Aqui é Janaúba. Como lhe disse na última vez, não sei qual é o ano nem a década que estamos vivendo – desorientou tudo por aqui, perdi a noção do tempo, por isso não coloquei data, sei que por aí já é 2018.

Apliquei a metodologia que você me enviou. Infelizmente de maneira inversa, pois é assim que está sendo efetivada aqui. Primeiro tentamos entender o objetivo da administração, não está claro, pois o público interno não sabe ou não conseguiu entender, muito menos a população. Depois fomos entender os anseios da população, aqui, dividia em dois públicos – servidores e população (cliente) propriamente dita. Percebemos que logo na largada houve uma confusão que resultou em divórcio: práticas de governo versus anseio popular.

A gestão 2017/2020 diz ter como pilares a Gestão, a Eficiência e a Legalidade. Pergunto: onde está sendo aplicado esse tripé? Então vamos começar pela eficiência, pelo meio mesmo, é assim: quem sabe inicia por qualquer parte. E a eficiência ajuda a entender os outros elementos. Mas o que é de fato eficiência?

Para Frederick Winslow Taylor (1856 – 1923), pensador que inaugurou a teoria da Organização Racional do Trabalho (ORT), esse sistema, propõe buscar a mais rápida e eficiente forma de se executar uma tarefa, substituindo assim favorecimentos e apadrinhamentos que levam à morosidade e ao retrabalho.

Como orientou-me comecei com algumas perguntas, assim aplicadas: está havendo evolução ou retrocesso na entrega dos serviços públicos municipais de todas as naturezas no âmbito local?

Observando a prática Taylorista: esta gestão está mais próxima da eficiência ou da ineficiência?

Existe favorecimento de parentes, mesmo que indiretamente, ou apadrinhamentos e qual o custo benefício destes? Se é que tem essa prática nessa gestão?

Os serviços são realizados com celeridade, por exemplo a recente intervenção na avenida dos Gorutubanos foi realizada em tempo recorde?

Qual o grau de eficiência na coleta de lixo? Como está a coleta seletiva? Canteiros e jardins são bem cuidados?

Animais de pequeno, médio e grande portes soltos nas ruas são sinônimo de eficiência?

A operação tapa buracos feita por dezenas de servidores com material argiloso (terra), pó de brita, às vezes com bloquete e poucas vezes com asfalto é inovadora, por isso é de suma eficiência?

Atendimento aos pacientes em postos de saúde e hospitais são religiosamente prestados pela administração pública local, dia e noite, noite e dia?

Não faltam medicamentos, muito menos exames para atender à comunidade? A população quando precisa é ligeiramente servida da dipirona, passando pela atenção ao Tratamento Fora do Domicílio ao exame de ultrassonografia?

Não existem sorteios, rifas, feijoadas e quaisquer outras ações entre amigos para custear tratamento ou medicação de parente ou amigo, pois a gestão é de eficiência exemplar?

Todas as crianças, estudantes primários e de creche têm à disposição, prédio adequado (colorido e animado), transporte que observa as normas da educação, merenda de qualidade (todos os dias), pátio de convivência, brinquedoteca moderna, material didático e até uniforme?

O relacionamento com a população, com os fornecedores é de alto nível?

A comunicação de lá pra cá, nos órgãos de imprensa é de nível culto, ou assassina o PORTUGUÊS? (uma professora de língua portuguesa dizia, a população não comer letras não é bom, mas um órgão público é inadmissível).

Você está certo, 2018, sem paixão, todos temos plenas condições de responder a esses questionamentos e, de acordo com, a resposta chegamos a real situação do governo.

Gestão, esse elemento tem por objetivo o crescimento – avanço, estabelecido pela instituição através de plano e esforço humano organizado, pelo grupo, utilizando estrutura disponível, com objetivos geral e específicos definidos com a participação das pessoas investidas na determinada função.

A gestão de pessoas é uma parte essencial da gestão administrativa.

Então, sendo assim, agora vamos aos questionamentos desse item: qual é a proposta de valor desse governo? Isto é, qual é o objetivo desse governo? Quais são os objetivos específicos, ou seja, de cada célula entregadora de serviço?

Como no primeiro elemento, as respostas são a conclusão.

Legalidade, atributo jurídico de qualquer ato humano ou pessoa jurídica que indica se é ou não contrário ao ordenamento jurídico do país, se está ou não dentro do permitido pelo sistema jurídico, seja expressamente ou implicitamente. Se este atributo for positivo, diz-se que é legal, caso contrário é ilegal.

Pergunto: é legal o servidor trabalhar sem os devidos Equipamentos de Proteção Individual? É legal servidores não receberem adicional de salubridade a que têm direito? É legal limpar a cidade pondo fogo ou permitindo que ponham fogo no lixo dos bairros? É legal não realizar repasse ao Instituto de Previdência? É legal amontoar lixo sem nenhum critério em várias partes da cidade? É legal não disponibilizar medicamentos da Farmácia Básica? Volte no trecho da Eficiência e faça a pergunta item por item, com alguma exceção, se é legal.

A conclusão é o resultado que você perceber.

Sabe, 2018, em meio a insatisfação e aos xingamentos têm pessoas, próximas ao prefeito que defendem, dizendo que a gestão é séria, honesta, ética e que não tem politicagem. Então sugiro a elas que, sem paixão, façam perguntas em cada item aqui citado, acrescente outros tantos não citados, reflita e conclua.

Olha 2018, existem algumas celeumas aqui, poucos, pouquíssimos falam que a situação é boa, e que é implicância dos derrotados. Pelas aulas do curso de administração que, juntos, assistimos do professor de sociologia no século passado, sabia que ele continua na ativa? Volta e meia recebe prêmio. Pelos ensinamentos dele esse termo DERROTADOS, nesse contexto não existe, é uma expressão grotesca, elemento impróprio de defesa, pois só se o utiliza para se defender das coisas que não estão de acordo, algo está errado, dizia ele: quando o serviço está sendo mal feito, está tendo muito retrabalho, quando a falta de respeito com servidores e com “cliente” é recorrente, quando falta educação, quando a indiferença impera.

Danado esse professor, né? Lá atrás ele já falava isso. Lembra dele distinguindo liderança que o líder deve ter pulso, em suas explicações pulso é muito diferente de truculência e falta de respeito, né?

Danado também o professor de administração, lembra dele? lembro como hoje os ensinamentos daquele baixinho retado, recentemente premiado, mas não vem ao caso, aqui agora vamos falar sobre o tempo, e, novamente nos remete a Taylor.

o professor dizia o tempo é um bem preciosíssimo na administração, sobretudo para o novo milênio e aproveitá-lo com EFICIÊNCIA é de suma importâcia para honrar nossos compromissos e cumprir nossos objetivos.

Lembrando que já se foram 27,08% do tempo dessa gestão (na data do jornal). Então na prática taylorista a transição é de suma importância, é isso? É naquele momento que se começa a montar a equipe para que todos tomem conhecimento de qual é o serviço que terá pela frente, quais são as práticas desenvolvidas? Como se pode melhorar? O que tenho em mãos? o que se precisa para melhorar? e por aí vai...

Então esse modelo de sucessão tem efetividade?

Outra questão em que se assentam as defesas é a falta de dinheiro (capital). Voltamos às aulas, na gestão dinheiro é capital, gente – funcionalismo é capital intelectual, estrutura é capital de infraestrutura, programas, projetos, iniciativas tudo é capital.

Pergunto: como a administração está lidando com o capital disponível, esse que já está nas mãos?

Se o capital não for bem gerido, não vai há capital dinheiro no mundo que conserte desmandos, dizia o professor.

Olha o princípio da EFICIÊNCIA aí de novo. Será que esse elemento tão importante está sendo utilizado devidamente pela gestão 2017/2020.

Tem valores substanciais para uma gestão que a gente tem que procurar para ver se tem pelo menos vestígios deles por aqui, como humanidade, por exemplo. Dizia o rigoroso coordenador do curso em suas palestras, a administração passa necessariamente por valores humanos, culturais, religiosos dentre outros.

Sabe, 2018?

Uma coisa é certa entre maioria: invés de irmos, voltamos no tempo.

Dizia um professor, tem coisa que pra ficar ruim tem que melhorar muito.

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