Norte de Minas cria núcleo de desenvolvimento da ONU

(Por Girleno Alencar) O Norte de Minas criou um núcleo da Agenda Global de Desenvolvimento Sustentável para, principalmente, atuar nas cidades maiores, buscando a resiliência. A iniciativa é de um grupo de profissionais liberais, comandado pelo vice-presidente da Associação Comercial e Industrial de Montes Claros, Edenilson Durães. O biólogo João Cássio Lopo Muniz explica que desde 2012 a ONU criou essa agenda, que busca fomentar uma melhor qualidade de vida no mundo, através de práticas sustentáveis. Foram fixadas 17 metas, por isso, o Norte de Minas direcionou o foco para a 11ª meta, que é transformar as cidades e comunidades sustentáveis, com práticas neste sentido.


O primeiro passo foi tomado na semana passada, quando se criou o Grupo de Whatsapp, convidando os interessados em aderirem. Até agora a aceitação tem sido grande, segundo João Cássio Lopo. No mês de fevereiro será marcada a primeira reunião do grupo, para formação oficial do grupo. Em setembro de 2015, atendendo a gestões da ONU, líderes de 193 países concordaram em implementar a agenda de desenvolvimento com o objetivo de garantir, até o ano 2030, um planeta mais próspero, equitativo e saudável. Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos, incluem 169 metas em grande diversidade de temas, materializando a evolução e o amadurecimento da discussão global sobre desenvolvimento sustentável desde a década de 90.

Na agenda, destacam-se erradicação da pobreza, agricultura e segurança alimentar, educação, saúde, redução das desigualdades, energia, água e saneamento, produção e consumo sustentáveis, mudança do clima, proteção e uso sustentável dos ecossistemas terrestres e dos oceanos, crescimento econômico inclusivo, infraestrutura e industrialização, cidades sustentáveis, governança e estratégias de implementação. A agenda fornece uma visão inclusiva e integrada do que seja progresso sustentável e promete acelerar os avanços que o mundo tem experimentado nas últimas décadas. Em 1990, quase 50% da população do mundo em desenvolvimento tinham menos de US$1,25 por dia para viver. O índice caiu para 14% em 2015. O número de pessoas pertencentes à classe média trabalhadora que vivem com mais de US$4 por dia quase triplicou, em termos globais, desde 1990.

Nos países em desenvolvimento, a proporção de pessoas em condição de desnutrição caiu quase à metade, de 23,3% em 1990 para 13% na ocasião da aprovação dos ODS. O Brasil criou em 2016 a Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que tem o IBGE e o IPEA como assessores técnicos permanentes, e é composta por 16 entidades, oito governamentais e oito da sociedade civil. Diversos objetivos e metas estimulam as empresas privadas a adotarem práticas que conduzam a crescimento econômico sustentado, inclusão social e proteção ambiental, integrando a informação de sustentabilidade em seus relatórios e prestações de conta, para, daí, auferir lucros e melhoria de imagem.

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