Avô, filho e neto são investigados em operação da Polícia Federal no Norte de Minas

Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam
diversos cartões, cópia de documentos e folhas de cheques

Em um dos cartões apreendidos, o nome do titular estava
apenas com as iniciais e um sobrenome,
que a PF acredita que seja falso
(G1) Sete pessoas são investigadas na Operação ‘Geração Perdida’ realizada pela Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (22), no Norte de Minas. De acordo com a PF, avô, filho e neto são suspeitos de participarem do esquema que fraudava documentos, como CPF e RG, para conseguirem linhas de créditos e aberturas de contas, há cinco anos. Três amigos e uma funcionária de um correspondente bancário também são investigados. Em um único banco, os prejuízos podem chegar a R$ 1,3 milhão; em comércios, o prejuízo estimado é de R$ 50 mil, segundo a PF.

“O perfil do grupo é predominante jovem; tem entre 24 e 37 anos, e o avô, de 68. Eles mantinham relacionamento em redes sociais, o que foi possível criar este vínculo entre eles. Em via de regra, a população tem dificuldade para abrir contas e contratar empréstimos, mas, neste caso, eles ainda contavam com a ajuda da funcionária”, explica o delegado Marcelo de Freitas.

Durante a operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, sete ordens de identificação criminal e sete mandados de sequestro de bens, quando contas dos suspeitos são bloqueadas para possíveis ressarcimentos. Seis investigados são de Várzea da Palma, e a funcionária do correspondente bancário é de Montes Claros.

“Os suspeitos pegavam um documento e, com a mínima alteração de dado – como no nome, por exemplo - conseguiam gerar um novo documento, mediante informações falsas, de pessoas que não existem; em seguida, com a ajuda de uma funcionária de um correspondente bancário, abriam contas com limites elevados, conseguiam linhas de créditos e compravam produtos em comércios, inclusive, virtual”, diz o delegado.

A Polícia Federal começou as investigações, que duraram oito meses, depois que o próprio banco desconfiou das aberturas de contas e de pedidos de empréstimo. Durante o cumprimento dos mandados, os policiais apreenderam diversos cartões, cópias de documentos e folhas de cheques.

Pelo menos três instituições financeiras e 10 comércios foram alvos da quadrilha. Os investigados foram intimados e devem ser ouvidos ainda nesta terça, na delegacia de Montes Claros. Se condenados, eles podem pegar até 30 anos de prisão pelos crimes de estelionato qualificado, por atuarem em órgãos de competência federal, falsidade ideológica, uso de documento falso e falsidade ideológica.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Janaúba: comunicamos o falecimento de Heloísie da Costa Silva

Na zona rural de Curvelo casal é encontrado morto; suspeita é de que o homem assassinou a mulher e se matou

Janaúba: batida entre caminhões na MGC-401 deixa três mortos