Janaúba fecha relatório com dívida de R$ 22 milhões

Edvaldo José da Silva diretor-presidente da PREVIJAN e Carlos Isaildon.

(Por Girleno Alencar) O prefeito Carlos Isaildon Mendes recebeu o relatório da situação financeira da Prefeitura de Janaúba: uma divida de R$ 22 milhões, recebida em 31 de dezembro passado, e cujo montante pode chegar a R$ 37 milhões, se colocada o prejuízo de R$ 15 milhões dos dois hospitais que atendem a pacientes do Sistema Único de Saúde. Com a experiência de atuação no ramo bancário, Isaildon está surpreso com a situação e ao mesmo tempo desesperado, pois não vê nenhuma solução para essa situação. Ele garante que, se depender de recursos próprios, não conseguirá fazer nada, pois o dinheiro que vem é só para manter a máquina pública. Por isso, dirigiu seu foco para as emendas parlamentares. Uma delas, de R$ 400 mil, do deputado Rodrigo de Castro (PSDB).

O relatório aponta que a maior dívida da Prefeitura é de R$ 11 milhões, com o Instituto de Previdência. Na quinta-feira passada ocorreu a primeira reunião com os dirigentes do Previjan, para discutir uma renegociação, com o parcelamento da dívida. Se isso não ocorrer, Janaúba não consegue as certidões negativas e fica impedida de receber os recursos públicos. A segunda maior dívida foi de R$ 5 milhões, com a folha de pagamento e rescisões. Depois vem R$ 3 milhões com os fornecedores. R$ 1,5 milhão com o transporte e merenda escolar e outras dívidas menores.

Por sinal, na semana passada a Prefeitura foi surpreendida com uma dívida de R$ 875 mil com o Banco de Desenvolvimento, por causa do atraso nas parcelas do SOMMA. A dívida foi renegociada, com novo parcelamento. Também a Receita Federal está cobrando a situação dos médicos, contratados como pessoa jurídica, mas, na verdade, devem ser enquadrados como pessoa física. Carlos Isaildon explica que a cada dia surge uma surpresa, como a mais recente penalidade pelo aterro sanitário. O grave é a falta de perspectivas de suprir essas despesas. Por isso, o corte nas despesas foi ampliado ainda mais.

Um aspecto curioso é dos hospitais, que acumulam prejuízo de R$ 15 milhões. Como são fundações, a princípio, a dívida não seria da Prefeitura. Porém a gestão é plena e, ainda, o Hospital Regional é totalmente público, cabendo ao poder público viabilizar o seu funcionamento. O Hospital da Fundajan, onde Carlos Isaildon foi provedor, atende a pacientes do SUS, mas também a convênios e particulares, mas está com uma dívida alta.

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